segunda-feira, 30 de julho de 2018

Desenrolar

A lua brilhante no céu nos sorri 
O manto negro nos mantém enlaçados 
Teus dedos unem-se aos meus como correntes
A brisa do mar canta a cantiga dos enamorados 

Nossos caminhos são percorridos em silêncio 
Com passos errantes dançados
Nossos olhares se cruzam no escuro
Sorrisos embriagados trocados

Tu és palavra em meus lábios sedentos
Palavras estas que escrevo intrépida
Em noites frias como aquela em que o vento soprava
Te olho com outros olhos, incrédula 

Se te afeto o coração, como dizes 
Trazendo a tona sentimentos, cicatrizes 
Deixo-te livre para voar para longe de mim, talvez.
Mas que tu voltes
Para que me tomes em teus braços outra vez.


D. Bruno

sábado, 28 de julho de 2018

Eu Volto

Teus braços 
Sempre teus braços 
Percorro, respiro, suspiro, contorço
E voltando pra teus braços 
Eu morro

Em êxtase.

D.Bruno

Ode ao Habitante Abstrato

Há um príncipe vivendo em minhas fantasias
Há um homem morando em meus pensamentos hipotéticos

Seus olhos mudam de cor como o girar de um caleidoscópio,
E a curva de seu peito é uma montanha que acalenta minha angústia.

Seus lábios percorrerem meu corpo quente, traçando padrões arfantes,
Minhas mãos sentem sua pele híspida e seu êxtase delirante;
Fecho meus olhos.


És somente um devaneio.



D. Bruno