sexta-feira, 1 de março de 2013

Poeta Marinho


Não olhes com olhos doces, Poeta
e não encostes tuas mãos macias em minha face inquieta.

Te vi enamorado pela pequena musa, Poeta
sal e areia escondem tua verdadeira intenção.

Te vi coberto cuidadosamente com cores e símbolos, Poeta
a dor dos rostos estampados em teu corpo ainda pairam em minha memória.

Sonho com o sangue inocente marcado em tua carne, Poeta
delírios etílicos noturnos são segredos derramados à brisa do mar.

Não esqueço seu perfume marcante, Poeta
o macio de seus lábios permanecerá vivo,
nos cânticos e palavras mais puras de minha mente.

D. Bruno

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Poeta Decide Morrer

Não existem meios fáceis de se lidar com a morte: podemos aceitá-la ou fugir da mesma. No entanto, podemos surpreender o destino: e se decidíssemos morrer? Escolher uma data para o fim, colocar um ponto final no sofrimento, correr contra o vento. Quem se faria surpreso, afinal?
Não sou uma Veronika, mas ao tomar as rédeas do fim de minha vida, decidi ao menos deixar meu legado literário, em versos, prosas, contos e poesias. 

Deixo minhas sílabas destoantes para meus amigos, que se façam fortes e aceitem os pormenores. 
Deixo o sabor agramatical de minhas tenras palavras para meu amor, que destas possa fazer tua cama.
Deixo a sinestesia de meus versos tocar a face úmida de meus familiares, e que esta faça-se em cor e aroma.
Por fim, deixo ao meu Eu Lírico, as dores e pesares não mais necessários.

Agora tudo se faz iluminado.



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013