Um cortante, um frio
O ébano não mente jamais
Suas mãos quentes e macias
O tato calculado, toque fingido
Armadilha de carinho fugaz
Caio por terra, revolvo lembranças
Cantigas, conversas, andanças
Componho outro soneto sagaz
Minha menina dos olhos,
Com sangue nos olhos,
Eu busco teus olhos,
Que já não me olham mais.
D. Bruno