quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Hoje acordei com asas

O desejo de voar era um trovão
E gritava
Sentir a dor de estar presa
E cercada
Nessas grades de gaiola
Invisíveis para outrem

Peço-te que abras as janelas
Puxes as cortinas, cordas, manivelas
Deixes o bater de asas entoar em outros mares

Solto-me enfim de meu grilhão
E libertada
A alforria chega serena
E sonhada
Abrem-se então as asas
Para um infinito além

D. Bruno

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Renascido em Cinza

"A volta da poeta pródiga. O retorno do legado. Novos ares a velhos hábitos."

Estanco o som pesado de lágrimas com resiliência fingida
A voz retorna, outrora esquecida
Minha fênix interior

A mente reside agora em um novo tipo de corpo, estático
A sede inunda meu pranto silencioso, pragmático
E o vazio preenche cada ponto de um novo despertar

Ininteligível
Incompatível
Minha fênix não mais calada,
Essa voz interior

D. Bruno