O desejo de voar era um trovão
E gritava
Sentir a dor de estar presa
E cercada
Nessas grades de gaiola
Invisíveis para outrem
Peço-te que abras as janelas
Puxes as cortinas, cordas, manivelas
Deixes o bater de asas entoar em outros mares
Solto-me enfim de meu grilhão
E libertada
A alforria chega serena
E sonhada
Abrem-se então as asas
Para um infinito além
D. Bruno