Não olhes com olhos doces, Poeta
e não encostes tuas mãos macias em minha face inquieta.
Te vi enamorado pela pequena musa, Poeta
sal e areia escondem tua verdadeira intenção.
Te vi coberto cuidadosamente com cores e símbolos, Poeta
a dor dos rostos estampados em teu corpo ainda pairam em minha memória.
Sonho com o sangue inocente marcado em tua carne, Poeta
delírios etílicos noturnos são segredos derramados à brisa do mar.
Não esqueço seu perfume marcante, Poeta
o macio de seus lábios permanecerá vivo,
nos cânticos e palavras mais puras de minha mente.
D. Bruno