domingo, 5 de agosto de 2018

Caminhos

Teu corpo é a estrada que cruzo
Em direção a uma Terra Prometida 
De prazeres e gozos difusos 
De gemidos e carne estremecida 

Teus dedos longos alcançam pontos impensáveis
Trazendo êxtase que contorço nua
A tua boca que afoita inunda 
Percorre vales de delírios infindáveis 

A curva do teu corpo pulsante 
Se encaixa perfeito ao ritmo do meu
O movimento do dançar constante 
É a passagem do nosso apogeu

Quantas e quantas vezes novamente nesse dia 
Repetimos a dose de luxúria inebriante 
Teu peito ardente queimava arfante
Com o entrelaçar de pernas em sincronia 

Fantasio desde então 
Com prazeres que vivemos em segredo 
Sussurros que pela madrugada vão 
Desejos transformados em soneto

D. Bruno 

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