Dizes que sou tão boa com as palavras
As empregando para acobertar o que sinto
Fazendo rodeios que te atordoam a mente
Porém uma certeza que dividimos
É que cada sentença escrita por mim é fruto da tua presença
E qualquer ato teu estará eternizado em meus versos
Desde o simples escorrer do quente que se torna gélido
Até o arfar do teu peito ansioso com o meu
Juntos, em sincronia quase musical
Guiados pela escuridão fria e sem luar
Buscamos morada para nossa afeição labiríntica
Que dia após dia cresce e se torna maior que nós mesmos
E a verdade é que jamais existirão palavras suficientes para expressar o que sinto
Quando minhas mãos apaixonadamente tocam as tuas na calada da noite
E nos tornamos um só, como prometeu o destino traçado em nossas linhas
Linhas estas caligrafadas com testemunhos que apenas eu sou capaz de ler
Mas que me lotam de certezas
De que jamais serão apenas palavras ao vento.
D.Bruno
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