segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Grito de Ajuda

Tão exausta de gritar no vácuo 
O ambiente lotado de criaturas vazias 

-Não me ouvem?

Me debatendo busco a superfície 
Mas ao fundo sou sempre dragada 

-Não me ouvem?

A névoa obscura que domina minh'alma 
Me acorrenta em desespero e solidão 

-Não me ouvem?

Busco salvação em alexandrinos, decassílabos 
Jogo no mar um bilhete na garrafa 

-Não me ouvem?

Me afogo em brumas de exílio forçado 
Isolada pela melancolia de minhas palavras

-Não me ouvem.



D. Bruno 

2 comentários:

  1. Não sei se esse poema se refere ao que me contou ontem, mas pensei nisso ao ler, rs.

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  2. Que lindo filha?!! Consigo sentir a dor é a beleza das palavras. Parabéns.

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